Vantagem de Dilma é menor em SP e no RJ, diz Datafolha
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FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Confortável no plano nacional, a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma
situação muito mais apertada para a sua reeleição nos Estados de São
Paulo e do Rio de Janeiro, segundo o Datafolha.
DE BRASÍLIA
A petista chega a ter até nove pontos a menos no cenário mais provável da disputa, que inclui também o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). No levantamento nacional, Dilma tem 47% contra 19% de Aécio e 11% de Campos. Quando são estratificados apenas os dados para São Paulo, a petista cai para 38% --nove a menos do que na média do país. No Rio, desce para 41%.
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A pesquisa foi feita nos dias 28 e 29 de novembro. As margens de erro nacional e paulista são de dois pontos, para mais ou para menos. No caso fluminense, três pontos. O Datafolha fez entrevistas em todo o país, mas só pode estratificar o resultado para São Paulo e Rio porque nesses Estados, onde aferiu também os cenários locais, aplicou um número maior de questionários.
Na disputa contra Aécio e Campos, Dilma ganharia no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Isso também ocorreria entre eleitores paulistas e fluminenses, mas com uma vantagem menor. Na média do Brasil ela tem 17 pontos a mais do que os dois adversários diretos. No Rio, essa vantagem cai para 14. Em São Paulo, só 7.
É interessante notar que essa dificuldade de Dilma entre paulistas e fluminenses não se traduz diretamente numa boa notícia para os nomes do PSDB e do PSB. Ambos ficam no mesmo lugar (dentro da margem de erro). A faixa do eleitorado que engorda é a dos que votariam em branco, nulo, nenhum ou que dizem não saber em quem votar. No Brasil, são 23%. Em São Paulo, 31%. No Rio, 33%.
Os 31,5 milhões de votantes em São Paulo dão ao Estado o maior eleitorado do país (22,3%). O Rio, com 12 milhões, é o terceiro (8,5%), atrás de Minas Gerais (10,6%). Nem sempre é necessário ganhar em São Paulo para chegar ao Palácio do Planalto. Em 2010, por exemplo, Dilma perdeu entre os paulistas. Teve 46% no segundo turno, mas compensou com estupendas votações no Norte e no Nordeste.
Agora, o quadro é um pouco diverso. Ela tem uma taxa de intenções de voto menor do que há três anos. No Nordeste, enfrentará um candidato local, Campos, que tentará drenar parte dos votos do petismo. E em Minas, sofrerá concorrência direta de Aécio.
Se entram outros candidatos, a situação de Dilma se complica um pouco. Num cenário no qual participa como candidato Joaquim Barbosa, a petista teria 44% na média nacional. O presidente do Supremo Tribunal Federal pontua 15%. Aécio teria 14%. E Eduardo Campos, 9%.
Quando esse cenário é pesquisado apenas em São Paulo, a presidente cai para 33%. Ficaria longe de vencer no primeiro turno. Barbosa vai a 20%. Aécio oscila para 13%. E Campos mantém seus 9%. Os votos indecisos, brancos e nulos pulam de 19% (média no Brasil) para 25%. O número expressivo dos que ainda não têm candidato indica que os paulistas e fluminenses parecem menos seguros do que eleitores de outras regiões.
Segundo o Datafolha, 66% dos brasileiros querem que a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente do que é feito atualmente. Essa aspiração por mudança sobe para 76% em São Paulo. No Rio, a taxa é de 68%.
No Sudeste, Dilma também enfrenta mais resistências para recuperar a popularidade perdida na metade do ano. No Brasil, seu governo é considerado bom e ótimo por 41%. Em São Paulo, o percentual desce a 34%. No Rio, bate em 31%.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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