quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Dilma troca Ana Hollanda por Marta Suplicy após senadora apoiar Haddad

12/09/2012 | 10h04min

A presidente Dilma Rousseff demitiu nesta terça-feira a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. A senadora petista Marta Suplicy assumirá a pasta. Ana estava no comando do ministério desde janeiro de 2011, início do mandato de Dilma. Ela é a 13ª a deixar o governo em 21 meses de mandato da presidente.

O anúncio de Marta à frente do ministério acontece uma semana após o encontro de Dilma com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva e poucos dias após a senadora passar a apoiar publicamente a candidatura de Fernando Haddad na corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo. Marta não engolia o fato de Lula ter preterido suas aspirações para retornar à prefeitura. Por isto, recusava-se a entrar na campanha do petista que está em terceiro lugar, empatado com o tucano José Serra, e bem distante de Celso Russomano (PRB).

O nome de Ana de Hollanda apareceu em todas as listas de substituições da chamada reforma ministerial, feita a conta-gotas pela presidente entre o fim de 2011 e o início deste ano. As previsões de demissão nunca se confirmaram.

Mesmo mantendo a discrição, qualidade apreciada pela presidente, Ana de Hollanda foi alvo de denúncias em alguns deslizes. Ainda no ano passado, a ministra utilizou de maneira irregular cinco diárias por dias não trabalhados. Ela teve de devolver o valor total de R$ 2.905 aos cofres públicos. Na ocasião, Dilma enviou um dos seus principais interlocutores, o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, para tranquilizar a ministra.

Neste ano, outra polêmica. A ministra teria recebido oito camisetas do Império Serrano para que ela e amigos desfilassem pela agremiação carioca. O presente foi recebido após a pasta ter desbloqueado o CNPJ da escola. O assuntou parou na Comissão de Ética Pública da Presidência, mas o processo foi arquivado.

A última da ministra foi a redação de uma carta na qual ela reclamava do corte orçamentário em sua pasta no mês passado. A reclamação incomodou a presidente e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
JB Online 

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