quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Brasil, interligado a economia mundial.

FMI aponta vulnerabilidade do Brasil à piora da crise europeia



Crise Econômica O FMI (Fundo Monetário Internacional) coloca o Brasil entre as economias emergentes mais sensíveis a uma eventual piora da crise europeia, conforme seu mais recente relatório sobre riscos financeiros.
FMI pede medidas à Europa para retomar confiança na economia
Em uma escala de 24 economias emergentes, onde entram Hong Kong, Israel, Ucrânia, México, Chile, África do Sul, entre outros, o Brasil está entre os quatro mais sensíveis, atrás somente da Bulgária, Polônia e Hungria, todos os três do leste europeu.
Na ponta inversa, Hong Kong, Tailândia, Indonésia e Vietnã são considerados os menos "sensíveis" a uma eventual deterioração do quadro europeu.
Esse ranking é somente uma medida possível da "sensibilidade" dos países aos riscos do Velho Continente, mergulhado em de suas piores crises desde o início do século passado.
Para chegar a esse ranking entre os emergentes, o FMI comparou a volatilidade de instrumentos financeiros relativos à dívida de cada um desses países, ante os mesmos produtos, mas relativos às economias selecionadas da zona do euro (Espanha, Irlanda, Itália e Portugal).
A pesquisa do FMI encontrou que, para uma oscilação de um ponto percentual do CDS (instrumento financeiro de proteção de crédito) desses países europeus, o CDS de Bulgária, Polônia, Hungria e Brasil oscilaria entre 0,5 e 0,6 ponto percentual (enquanto o CDS da Indonésia, por exemplo, teria uma oscilação inferior a 0,2 ponto percentual).
LESTE EUROPEU É MAIS ARRISCADO
O próprio relatório do Fundo destaca, no entanto, que as economias emergentes latino-americanas estão em uma situação mais favorável na comparação com as economias emergentes do leste europeu.
"A deterioração das condições econômicas da Europa (...) reforçou uma desaceleração do nível de atividade entre emergentes economias de mercado, incluindo Brasil, China e Índia. (...) Prêmios de risco de crédito das economias de mercado emergentes também foram afetados em graus variados pela volatilidade dos 'spreads' soberanos da zona do euro", apontam os especialistas do Fundo, nesse relatório.
Em outras palavras, o Fundo reforça que, na medida em que as economias europeias são consideradas mais inseguras para investir, o risco atribuído às economias emergentes também oscila, mas como ressalvam, com intensidades diferentes em cada região.
"O resultado [o aumento do risco] tem sido especialmente pronunciado na Europa central e do leste, que permanece como mais vulnerável das regiões de economias emergentes", acrescentam.
O FMI também ressalta que economias da Ásia e da América Latina têm apresentado baixa sensibilidade a períodos de estresse na zona do euro, um sinal de que mudança para melhor de seus fundamentos econômicos.
"Contudo, eles claramente não são imunes a uma desaceleração [da economia] numa base global, muito menos a um possível choque sistêmico. Em particular, eventos crises no setor bancário europeu poderiam ter amplos efeitos negativos nas operações externas dos bancos [das economias emergentes], notavelmente na América Latina", apontam os especialistas do Fundo. 


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