sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013



Desafio de História
Introdução ao estudo da História


1. (PUCSP)
“... o tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”
(Carlos Drummond de Andrade, Mãos Dadas, 1940)
a) Se o presente é o tempo do poeta, resta ao historiador somente o tempo passado?
b) Justifique sua resposta, procurando discutir as relações que a História ou o historiador pode estabelecer entre presente e passado.
Resposta da questão 1:
Não. A História não estuda o passado. Ela estuda a vida do homem ao longo do tempo, comparando o presente com o passado, analisando permanências e rupturas, continuidades e descontinuidades, e buscando enriquecer sua experiência cultural e compreender a dinâmica construção das sociedades humanas.
2. (ENEM)
O encontro "Vem ser cidadão" reuniu 380 jovens de 13 Estados, em Faxinal do Céu (PR). Eles foram trocar experiências sobre o chamado protagonismo juvenil. O termo pode até parecer feio, mas essas duas palavras significam que o jovem não precisa de adulto para encontrar o seu lugar e a sua forma de intervir na sociedade. Ele pode ser protagonista.
([Adaptado de] "Para quem se revolta e quer agir", Folha de S.Paulo, 16/11/98)
Depoimentos de jovens participantes do encontro:
Eu não sinto vergonha de ser brasileiro. Eu sinto muito orgulho. Mas eu sinto vergonha por existirem muitas pessoas acomodadas. A realidade está nua e crua. (...) Tem de parar com o comodismo. Não dá para passar e ver uma criança na rua e achar que não é problema seu. (E.M.O.S., 18 anos, Minas Gerais)
A maior dica é querer fazer. Se você é acomodado, fica esperando cair no colo, não vai acontecer nada. Existe muita coisa para fazer. Mas primeiro você precisa se interessar. (C.S.Jr., 16 anos, Paraná)
Ser cidadão não é só conhecer os seus direitos. É participar, ser dinâmico na sua escola, no seu bairro. (H.A., 19 anos, Amazonas)
(Depoimentos extraídos de "Para quem se revolta e quer agir", Folha de S.Paulo, 16/11/98)
Com base na leitura dos quadrinhos e depoimentos, responda às questões propostas.
a) Que surpresa teve o bode Orelana, personagem do cartunista Henfil, com a jovem Graúna, que teria vivido na década de 1970, período da Ditadura Militar no Brasil.
b) Em seu ponto de vista, os jovens têm se interessado pela participação ativa na sociedade? Liste alguns argumentos e fatos para apoiar seu posicionamento.
c) Como você acha que a aprendizagem histórica pode colaborar para a prática da cidadania?
Resposta da questão 2:
a) A surpresa se refere ao fato de que mesmo uma geração reprimida e sem acesso às informações mais críticas pode se rebelar e criar novas ideias e atitudes.
b) e c) Reflexão dos alunos.
3. (UnB-DF)
O que distingue o historiador dos outros cientistas sociais é sua preocupação primordial com o tempo, com a duração, com a mudança e com as resistências à mudança, com as transformações e as permanências ou sobrevivências . Se a documentação adequada existir e estiver disponível, não há aspecto algum do presente que esteja fechado à pesquisa científica do tipo histórico.
Ciro Flamarion S. Cardoso. Uma introdução à História. 2. a ed. S. Paulo: Brasiliense, 1982, p. 107 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue os itens seguintes, referentes ao estudo da História.
(1) Se, como afirma o autor, o tempo é a categoria que singulariza o campo de trabalho do historiador, não há como pretender a interdisciplinaridade entre História e as demais ciências sociais, já que são rígidas as fronteiras que as separam.
(2) Infere-se do texto que seu autor elimina a possibilidade de haver uma História do tempo presente, quer pela indisponibilidade de fontes para a pesquisa, quer pela elevada subjetividade de que estaria impregnado o trabalho do historiador.
(3) Do ponto de vista do autor a História é o conjunto de fatos significativos do passado, sustentadores da marcha linear de progresso que caracteriza a trajetória das sociedades ao longo dos séculos.
(4) Ao falar em “mudança” e em “transformações” na História, o autor poderia apoiar-se, por exemplo, em significativos momentos da evolução do Ocidente: da mesma forma que, na Antiguidade, Roma foi uma ruptura em relação à Grécia, a Idade Média européia correspondeu ao rompimento definitivo com o passado clássico.
Resposta da questão 3:
1. (F) 2. (F) 3. (F) 4. (F).

4. (UFPE) História é a ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;
b) se fundamenta unicamente em documentos escritos;
c) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se dos vestígios que a humanidade deixou;
d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade;
e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no empirismo.
resposta da questão 4:[C]

5. (UnB) No limiar do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o historiador francês Ernest Lavisse fornecia as instruções para o ensino da História aos jovens de seu tempo, das quais reproduz-se o trecho seguinte. Ao ensino histórico incumbe o dever glorioso de fazer amar e de fazer compreender a pátria, todos os nossos heróis do passado, mesmo envoltos em lendas. Se o estudante não leva consigo a viva lembrança de nossas glórias nacionais, se não sabe que nossos ancestrais combateram por mil campos de batalha por nobres causas, se não aprendeu o que custou o sangue e o esforço para constituir a unidade da pátria e retirar, em seguida do caos de nossas instituições envelhecidas, as leis sagradas que nos fizeram livres, se não se torna um cidadão compenetrado de seus deveres e um soldado que ama sua bandeira, o professor perdeu seu tempo. Com o auxílio das idéias defendidas pelo historiador Lavisse, julgue os itens que se seguem.
(1) A História é escrita pelos pesquisadores e deve ser ensinada pelos mestres com o compromisso de quem pesquisa e ensina as grandes questões de seu tempo.
(2) A visão excessivamente patriótica do autor expõe concepções que, no alvorecer do século XX, entendiam que o historiador tinha como função glorificar a nação, o Estado e as instituições.
(3) O "ensino histórico", no contexto do Brasil contemporâneo, deve ser, sobretudo, um instrumento de combate para fazer que as armas intelectuais estejam a favor da unidade da pátria e do amor de cada cidadão pela sua bandeira.
(4) A revolução metodológica no ensino da História tornou-a, no fim do século XX, completamente racional e neutra, sem qualquer possibilidade de interferência da ideologia na teoria.
resposta da questão 5:V V F F
6. (UnB) Pelo olhar do poeta, também é possível compreender determinados aspectos essenciais para a conceituação de História. Leia, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade:
Aconteceu há mil anos?
Continua acontecendo.
Nos mais desbotados panos estou me lendo e relendo.
Ou, ainda, do mesmo autor:
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

Com o auxílio das observações de Drummond, julgue os seguintes itens, referentes ao conceito de História e ao ofício do historiador.
(1) Tendo por objeto o estudo do passado, a História parte das contingências da "vida presente" para inquirir aquilo que passou.
(2) Especialmente em épocas de crise generalizada, sobressai o papel que se espera do historiador: lembrar o que os outros esqueceram.
(3) O quarteto acima traz a idéia de que o passado é continuamente reescrito, a partir de cada presente e de seus novos interesses, eliminando, assim, a possibilidade de a História conter um caráter científico.
(4) A reconstrução do passado, exatamente como ele ocorreu, é o que fazem os historiadores, independentemente de suas convicções ideológicas e pessoais.
resposta da questão 6:V V F F
7. (UFC) Analise o texto a seguir.
"E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de histórias é justamente o contrário do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias. (...)"
Fonte: ASSIS, Machado de apud CHALHOUB, S. e PEREIRA, L.A. de M. (Org) A HISTÓRIA CONTADA. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998, p.67.
Ante as novas tendências interpretativas da História, há uma diferença entre o contador de histórias e o historiador, de acordo com a qual é correto afirmar que:
a) a literatura torna-se inexpressiva ao historiador, que se fundamenta nos documentos manuscritos e impressos.
b) o contador de história recorre à ficção e o historiador envolve-se com o real, de acordo com a sua interpretação e as práticas sociais consideradas.
c) a interpretação do historiador, apesar de valorizar a diversidade de informações, deve limitar-se à do contador de histórias.
d) a história do cotidiano passou a ser depreciada pelos profissionais da História por menosprezar a análise social.
e) a autenticidade dos fatos históricos exclui a força da subjetividade, presente na reconstrução do passado.
resposta da questão 7:[B]
8. (UFPE) A História é uma das áreas do conhecimento mais polêmicas. Pode-se atribuir este caráter à História, porque, em sentido genérico, todos somos historiadores e, por outro lado, porque o acontecimento histórico é passível das mais diferentes interpretações.
( ) No período de crescimento, a criança e o adolescente, através da convivência social, da escola e da cultura, formam de maneira quase natural uma visão do passado, do presente e do futuro. Constroem assim uma visão histórica, em ressonância com o que seu grupo social ensinou-lhe.
( ) A História, apesar de ser alvo de muitas polêmicas, estabelece verdades comprovadas, que têm como base os documentos. Por essa razão, é correto admitir, como fazem todos os autores, que a história da humanidade só se inicia com o uso da escrita.
( ) A História é um saber científico e, portanto, não muda. Podemos comprovar que aquilo que aprendemos, muitas vezes, são verdades inquestionáveis através dos séculos. Essa característica da História garante-lhe um lugar entre as demais ciências.
( ) Todos aqueles que defendem a História como um conhecimento passível de muitas interpretações, contribuem para fortalecer a idéia de que a História é um conhecimento certo e verdadeiro, construído a partir de documentos que não deixam margem a dúvidas.
( ) O bombardeio atômico sobre as cidades japonesas em 1945, embora seja um fato inegável para alguns historiadores, significou um genocídio injustificável; para outros, foi um ato necessário para evitar o prolongamento da II Guerra, o que revela o caráter interpretativo da História.
resposta da questão 8:V-F-F-F-V

9. (UEL) Walter Benjamin usa a alegoria, o "anjo da história", para criticar uma noção de processo histórico muito em voga no final do século XIX e início do século XX. Em sua obra, que pretendia ser uma grande arqueologia da época moderna, Benjamin faz uma tripla crítica: ao triunfo da burguesia, ao culto da mercadoria e à fé no progresso. Ele critica uma visão que assimila o progresso da humanidade estritamente ao progresso técnico e que propaga um determinismo no qual a libertação seria um acontecimento garantido pelo curso natural da história. A partir dessa crítica, ele propõe uma outra visão sobre o processo histórico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que para o autor:
a) A história deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma história inacabada.
b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser previstos e assegurados.
c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem ser tomados como causas e conseqüências.
d) A história é uma seqüência linear de eventos associada a um movimento numa direção discernível.
e) A história é uma sucessão de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos mais complexos.
resposta da questão 9:[A]
10. (UFLA -2008) Toda ciência tem como referência um objeto formal de estudo e a História não é diferente. Nas frases selecionadas abaixo, pode-se identificar objetos formais do estudo da História, EXCETO:
a) "A percepção é sempre um processo seletivo de apreensão." (Milton Santos: 1926-2001).
b) "É a ciência dos homens no transcurso do tempo." (Marc Bloch: 1878-1956).
c) "É o processo de mudança contínua da sociedade humana." (Lucien Febvre: 1878-1956).
d) "O presente repetir o passado, [...] um museu, de grandes novidades [...] o tempo não pára." (Cazuza: 1958-1990).

resposta da questão 10:[A]
11. (UnB) "As tragédias, bem entendido, não são mitos. Pode-se afirmar, ao contrário, que o gênero surgiu no fim do século VI, quando a linguagem do mito deixa de apreender a realidade política da cidade. O universo trágico situa-se entre dois mundos, (...)"
Considerando a interpretação oferecida pelo trecho de J. P. Vemant, julgue os itens seguintes, relativos à história do mundo grego antigo.
(1) A instauração de uma nova ordem política com a consolidação da "pólis", contribuiu para o revigoramento do mito como sustentáculo de práticas de poder.
(2) O novo gênero - história -, contemporâneo da vitória da "pólis", afirmou-se com Tucídides, na crítica ao mito, propondo formas mais racionais de acesso ao passado.
(3) A "Ilíada" e a "Odisséia", principais expressões da epopéia grega, falam de um mundo marcadamente democrático em que a personagem principal é o povo.
(4) As tragédias tinham por tema estórias do presente, o que permitiu aos seus autores ignorar quaisquer lendas oriundas da tradição épica.

resposta da questão 11:F V F F
12. “A história que se escreve está intensamente ligada à história que se vive.”
Analise a frase e escreva sobre a objetividade nos estudos históricos.
Resposta da questão 12:
A história escrita não pode ser isolada de sua época. Ela reflete o historiador e o tempo em que ele vive. Por isso, a objetividade histórica é sempre muito relativa: as intenções dos historiadores não podem ser consideradas verdades absolutas, variando de acordo com as mudanças ocorridas no presente histórico.
13. Explique em que consiste o trabalho do historiador?
Resposta da questão 13:
Serve para investigar e interpretar as ações humanas de modo a compreender o processo histórico.
OBS.: a palavra história é polissêmica, possui vários significados como:
- História de ficção: são as histórias existentes em alguns livros, nas novelas, nos filmes. Às vezes são inspiradas em conhecimentos de épocas, porém retirada da cabeça das pessoas.
- História de um processo vivido: fatos que ocorreram na vida de uma pessoa ou de um grupo social, suas lutas e sonhos, as alegrias e tristezas, sempre com base na memória.
- História do conhecimento: é quando procura se entender como os seres humanos viveram e se organizaram desde o passado mais remoto até os dias de hoje. Parra assim poder desvendar a historicidade (a condição histórica) das vivências humanas. Tudo isso se dá através do conhecimento que acaba por transformar a história na busca do saber voltado para a compreensão da vida dos seres humanos e das sociedades ao longo dos tempos.
14. (EJM) “História é passado e presente, um e outro inseparáveis.”
(Fernand Braudel)
Reflita sobre essa afirmação e comente-a.
Resposta da questão 14: O conhecimento histórico não diz respeito somente ao passado. Para entender um período histórico, comparações com o presente também são válidas. Além disso é necessário compreender o contexto histórico em que as sociedades do passado estavam inseridas.
15. (Uece) Por muito tempo, os historiadores acreditam que deveriam e poderiam reproduzir os fatos "tal como haviam ocorrido". Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, podemos assinalar corretamente:
a) ao privilegiarem a realidade dos fatos, os historiadores esperavam produzir um conhecimento científico, que analisasse os processos e seus significados.
b) era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade absoluta, expressão da neutralidade do historiador.
c) como se percebeu ser impossível chegar à verdadeira face do que "realmente aconteceu", todo o conhecimento histórico ficou marcado pelo relativismo total.
d) os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas comuns.

Resposta da questão 15:[B]

16. (Enem 2010)
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?
BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos.
A crítica refere-se ao fato de que
a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória.
b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo.
c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram.
d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
Resposta da questão 16:
[C]
Interpretação de texto. O poeta Bertold Brecht apresenta uma concepção de história que valoriza os trabalhadores, os homens comuns e faz uma crítica a cultura histórica tradicional que valoriza governantes como responsáveis por grandes feitos, como se fossem heróis.
17. (ETAPA SP) O historiador Caio Prado Júnior ao realizar um balanço dos três séculos de colonização portuguesa no Brasil assinala:
“... trata-se de uma situação que ainda não existe, que não tem conteúdo próprio, mas é apenas um estado latente que se revela por alguns fatos precursores, sintomáticos, mas isolados. Tais fatos vêm de longe, desde o início da colonização, se quiserem. E em rigor, poderíamos apanhá-los em qualquer altura de nossa evolução histórica.
(...) O historiador, ao ocupar-se dela, enfrenta o risco de tratar o assunto anacronicamente, isto é, conhecedor que é da fase posterior, em que ocorre seu desenlace, em que ela se define, projetar esta fase no passado.”
Caio Prado Júnior. – Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1963. pp. 357-358.
*anacronismo = consiste em usar termos e conceitos de um período histórico em um outro período que não corresponde ao analisado.
Segundo o texto:
a) anacronismo consiste em projetar o presente no passado.
b) todos os historiadores praticam o anacronismo.
c) o anacronismo é um método de investigação.
d) os estados latentes geralmente são anacrônicos.
e) a colonização é uma manifestação de anacronismo.
Resposta da questão 17: [A]

18. (UEL) "[...] Diderot aprendera que não bastava o conhecimento da ciência para mudar o mundo, mas que era necessário aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da história. Tinha consciência, por outro lado, que estava trabalhando para o futuro e que as idéias que lançava acabariam frutificando."
(FONTANA, J. "Introdução ao estudo da História Geral". Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) As contribuições das ciências naturais são suficientes para melhorar o convívio humano e social.
b) Idéias não passam de projetos que, enquanto não são concretizadas, em nada contribuem para o progresso humano.
c) Diderot considerava importante o conhecimento das ciências humanas para o aprimoramento da sociedade.
d) Para o autor, os historiadores recorrem ao passado, enquanto os filósofos questionam a própria existência da sociedade.
e) A ciência e o progresso material são suficientes para conduzir à felicidade humana.
resposta da questão 18:[C]
19. (Uel) "Sabe-se que para Hegel a História Universal não recobre o curso empírico da humanidade. A História propriamente dita nasce apenas com o Estado, quando a vida social ganha uma forma sob o efeito desta instância que confere a seus elementos expressão pública e consciência. Somente então é assegurada a permanência do sentido".
(LEFORT, Claude. "As formas da História. Ensaios de Antropologia Política". São Paulo: Brasiliense, 1990. p.37.)
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Hegel partia do mundo empírico para explicar a História.
II. Segundo Hegel, a formação da consciência se dá com o surgimento do Estado.
III. Hegel, ao analisar o surgimento da História, desconsidera a organização do Estado.
IV. A noção de Estado só ganha sentido se relacionada à dimensão da vida social.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
resposta da questão 19:[B]
20. A História é uma das áreas do conhecimento mais polêmicas. Pode-se atribuir este caráter à História, porque, em sentido genérico, todos somos historiadores e, por outro lado, porque o acontecimento histórico é passível das mais diferentes interpretações.
( ) No período de crescimento, a criança e o adolescente, através da convivência social, da escola e da cultura, formam de maneira quase natural uma visão do passado, do presente e do futuro. Constróem assim uma visão histórica, em ressonância com o que seu grupo social ensinou-lhe.
( ) A História, apesar de ser alvo de muitas polêmicas, estabelece verdades comprovadas, que têm como base os documentos. Por essa razão, é correto admitir, como fazem todos os autores, que a história da humanidade só se inicia com o uso da escrita.
( ) A História é um saber científico e, portanto, não muda. Podemos comprovar que aquilo que aprendemos, muitas vezes, são verdades inquestionáveis através dos séculos. Essa característica da História garante-lhe um lugar entre as demais ciências.
( ) Todos aqueles que defendem a História como um conhecimento passível de muitas interpretações, contribuem para fortalecer a idéia de que a História é um conhecimento certo e verdadeiro, construído a partir de documentos que não deixam margem a dúvidas.
( ) O bombardeio atômico sobre as cidades japonesas em 1945, embora seja um fato inegável para alguns historiadores, significou um genocídio injustificável; para outros, foi um ato necessário para evitar o prolongamento da II Guerra, o que revela o caráter interpretativo da História.
resposta da questão 20:V-F-F-F-V

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