Questões de Vestibular: História - Brasil - Mineração
Questão 1: (UFES) A expansão do ouro aparentemente simples atraiu
milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada
passou de 300 000 habitantes em 1690 para 2 500 000 em 1780. Metade
desse aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando
essas afirmações pode-se afirmar que:
A - O denominado “ciclo do ouro” possibilitou uma espécie de atração
centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e assim
contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa.
B - A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa
atividade agrária de subsistência, propiciando reconhecida
auto-suficiência que inibiu qualquer tipo de polarização.
C - O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais
Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas
mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada
Real, impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e
diamantes.
D - O denominado “ciclo do ouro” ocasionou uma espécie de atração
centrífuga, pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram
para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no
Nordeste do Brasil no final do século XVII.
E - A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a
União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas,
possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande
entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais.
Questão 2: (UNIMONTES/MG) Analise as afirmativas abaixo, relacionadas às atividades econômicas no Brasil colonial.
I. A área colonial recebeu intenso fluxo de migração interna e externa e
nela predominou, inicialmente, uma atividade econômica sem o suporte
adequado de outras, o que gerou escassez de alimentos e inflação.
II. Salvador deixou de ser a capital do Brasil, sendo substituída pelo
Rio de Janeiro, que possuía melhor localização, segundo os interesses da
Coroa.
III. A metrópole passou a exercer um maior controle fiscal e político
sobre a área colonial em questão, aumentando o corpo de funcionários
administrativos.
Os fatos I, II e III referem-se à/ao:
A - mineração;
B - pecuária;
C - cana-de-açúcar;
D - pau-brasil.
Questão 3: (UFPE) As idéias do iluminismo foram importantes para a
divulgação de concepções de mundo que condenavam a escravidão e o
feudalismo. No Brasil, na época, movimentos políticos foram
influenciados por estas idéias. A Inconfidência Mineira, por exemplo, no
século XVIII:
A - fracassou nos seus planos e foi fortemente reprimida pelas medidas tomadas por Portugal;
B - teve a participação de escravos, lembrando a estrutura da Revolta dos Alfaiates, que aconteceu na Bahia;
C - foi uma rebelião de caráter popular que envolveu intelectuais entre as lideranças;
D - defendeu, com clareza, o fim da escravidão, seguindo, de forma revolucionária, os ideais do liberalismo.
Questão 4: (UNIFOR/CE) Em 1703, Portugal e Inglaterra assinaram um
acordo comercial, o Tradado de Methuen que, segundo Celso Furtado: (...)
significou para Portugal renunciar a todo desenvolvimento manufatureiro
e implicou transferir para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela
produção aurífera no Brasil. (...)Celso Furtado. Formação Econômica do
Brasil. São Paulo: Nacional, 1969. p. 38.Sobre o período da mineração do
Brasil, pode-se afirmar que:
A - deslocou para a região do nordeste da Colônia um contingente
populacional, oriundo do reino e da zona litorânea, motivado pela febre
do ouro;
B - permitiu a formação, em Vila Rica, de uma classe média urbana, que
conspirou contra a Metrópole, objetivando a construção de um Estado
republicano, com a abolição imediata da escravidão;
C - possibilitou, entre outros fatores, à Inglaterra, acumulação de
capitais, que transformou o sistema bancário inglês no mais importante
centro financeiro da Europa;
D - confirmou para os ingleses seus interesses mercantis sobre o
continente americano, uma vez que a Coroa Portuguesa permitiu a
instalação de indústrias na Colônia;
E - resultou no crescimento urbano da Colônia associado ao desenvolvimento do comércio externo, que abastecia a região do ouro.
Questão 5: (ACAFE/SC) No Brasil, a economia da mineração, durante o
Período Colonial, apresentou potencialidades bem maiores do que a
açucareira, embora sua área de abrangência tenha sido menor. Acerca
desse tema, todas as alternativas estão corretas, exceto:
A - Ao longo das rotas das tropas de gado destinadas às áreas de
mineração, surgiram inúmeras vilas, que propiciaram o povoamento do
interior do Brasil.
B - A mineração desenvolveu um mercado interno de bens e serviços devido
as distâncias entre a área mineradora e os portos litorâneos.
C - Uma incipiente urbanização, a abertura de inúmeros “caminhos” no
interior do Brasil, a vinda de artesãos com conhecimentos técnicos, são
fatores que promoveram, também, o desenvolvimento da área mineradora.
D - A mineração promoveu um grupo quase aristocrático, uma elite formada
pelas idéias do iluminismo europeu que tentou buscar a ruptura do Pacto
Colonial.
E - Em decorrência dos capitais gerados pela mineração, logo se
desenvolveram inúmeras manufaturas, principalmente de tecidos de
algodão, em áreas periféricas de São Paulo e Minas Gerais.
Questão 6: (PUC-MG) A mineração na capitania das Minas Gerais, no século
XVIII, gerou intensas transformações políticas, sociais e econômicas no
Brasil colonial, entre as quais podemos destacar, exceto:
A - surgimento de novas áreas de produção agropastoril para abastecer o mercado mineiro;
B - mudança da sede administrativa de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763;
C - aparecimento dos libertos originados de uma sociedade profundamente democrática;
D - estabelecimento de um Estado fiscal-tributário para assegurar a arrecadação régia.
Questão 7: (UFMG) Leia este trecho: De acordo com um documento de 1781,
era a Capita-nia de Minas Gerais povoada “de mineiros, negociantes e o.
ciais de diferentes ofícios”. Os mineiros eram os que davam maior lucro à
Coroa, em razão dos quintos, mas eram os “mais pensionados, pelas
grandes despesas que fazem em escravos, ferro, aço, pólvora e madeiras,
tudo indispensável para a laboração de suas feitorias”. Os roceiros e
fazendeiros ocupavam-se das suas culturas e da criação de gado, pagando
dízimo de sua produção. Os negociantes, por sua vez, eram “utilíssimos”,
deles redundando a “S. Majestade a utilidade do contrato das entradas”.
Finalmente, “os mais povos das minas se ocupa cada um no exercício que
têm, e dão a Sua Majestade a utilidade conforme o uso de seu viver,
ainda que haja muitos vadios, e pela sua vadiação, chegam a ser
facinorosos e homicidas, o que não aconteceria se houvesse modo de os
reprimir e conservar debaixo de uma rigorosa sujeição, porém, como nas
minas têm os seus habitantes a liberdade de darem de comer a todos
aqueles, que às horas o procuram, dão assim causa a muitas desordens”.
Descrição Geographica, topographica, histórica e política da Capitannia
de Minas Gerais, Revista do Instituto Histórico e Geográ. co Brasileiro.
71 (1908).p. 190. (Adaptado) A partir das informações contidas nesse
trecho de documento, é correto afirmar que:
A - os roceiros e fazendeiros, ocupados com suas terras de plantar e de
criar, eram isentos do pagamento de impostos, o que lhes possibilitava
um lucro maior que o dos mineradores;
B - os segmentos da sociedade mineira dedicados a outros negócios e
ofícios, além dos de minerar, plantar e criar, não geravam riquezas para
Portugal, porque não pagavam os direitos de entrada na Capitania;
C - os vadios, que tendiam, em razão do seu ócio, a se tornar
malfeitores, eram perseguidos pela população e duramente reprimidos
pelas autoridades, que temiam a generalização das desordens nos núcleos
urbanos;
D - os mineradores, responsáveis por grandes investimentos na atividade
de extração do ouro, eram aqueles que, por meio do pagamento do quinto,
mais contribuíam para o enriquecimento do Real Erário.
Questão 8: (UFLA/MG) No texto:“Era nesse palácio que nos dias festivos
do Contratador se reuniam seus amigos e pessoas importantes do Tijuco:
havia aí jantares suntuosos à Luculo, à tarde passeios no jardim e
pescaria no tanque em escaleres dourados, à noite bailes e
representações teatrais: representavam-se os Encantos de Medéia, O
anfitrião, Porfiar armando, Xiquinha por amor de Deus, e outras peças
conhecidas daqueles tempos. É excusado dizer o luxo que Francisca da
Silva ostentava nessas ocasiões, e as homenagens e congratulações que
recebia dos convivas. O dinheiro e o poderio do amante elevavam-na à
condição das senhoras das famílias as mais distintas!” SANTOS, Joaquim
Felício dos. (...), 1976, p. 124-5. Indique a alternativa que descreve
corretamente o contexto histórico em que se inscreve:
A - Descreve aspectos do cotidiano de ricos mineradores de ouro, da
região de Vila Rica, na Capitania das Minas Gerais, no início do século
XVIII
B - Indica o modo de vida e costumes dos donos de engenho da região
produtora de açúcar no Nordeste brasileiro, no Período Colonial
C - Trata-se de um texto literário que descreve os costumes da nobreza
portuguesa na corte de D. João VI, no Rio de Janeiro, no início do
século XIX
D - O recorte de texto em questão descreve o poderio financeiro e a vida
cultural no Distrito Diamantino, em Minas Gerais, no século XVIII
E - O autor descreve os costumes e a vida devassa dos portugueses enriquecidos pela atividade colonial no Brasil Colônia.
Questão 9: (UFPR) Sobre a mineração no Brasil colonial, assinale a alternativa incorreta:
A - Coube principalmente aos habitantes do planalto paulista e moradores
da Vila de São Paulo a descoberta dos veios auríferos existentes na
região das Minas Gerais em fins do século XVII.
B - A Coroa portuguesa tentou proibir a comunicação e o transporte tanto
de gado como de escravos pelos caminhos do sertão para a região das
Minas. Procurava, assim, impedir o comércio entre as capitanias do
Nordeste – sobretudo Bahia e Pernambuco – e a região mineradora.
C - O instrumento fundamental da política de administração da região das
Minas foi a criação de vilas: Vila do Ribeirão do Carmo, Vila Rica do
Ouro Preto, Vila de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, Vila de São
João Del Rei e Vila Nova da Rainha de Caeté, entre outras.
D - A mineração propiciou a artesãos e artistas um amplo mercado de
trabalho. Ourives, douradores, entalhadores e escultores eram procurados
para embelezar os exteriores e interiores de igrejas mineiras. Ao mesmo
tempo, compositores, cantores e instrumentistas eram requisitados para
os trabalhos religiosos das irmandades.
E - Uma vez que a autoridade da Coroa logo se impôs no território das
Minas, não houve conflitos ou confrontos armados na região, na qual
imperou até o fim do ciclo da mineração a paz entre os exploradores dos
veios auríferos.
Questão 10: (UEG) A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem
suas terras, a meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das
minas, que di. cilmente se poderá saber do número de pessoas que,
atualmente, lá estão. Mais de 30 mil homens se ocupam, uns em catar,
outros em mandar catar o ouro nos ribeiros.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711. Belo
Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1982. p. 167. O padre André João
Antonil foi um dos mais argutos observadores do mundo colonial. Seu
olhar percebia, em detalhes, o processo de produção de riquezas tanto no
engenho quanto na atividade mineradora. O ouro transformou em
profundidade a vida na colônia, pois:
A - rompeu com a mediação da metrópole portuguesa no comércio com o
continente europeu. A acumulação de metais permitiu aos colonos
entabularem negociações diretas com os ingleses para a compra de
escravos africanos;
B - deslocou para as minas um enorme contingente de homens livres pobres
e indígenas, os quais substituíram os negros na busca do metal
precioso, constituindo uma sociedade marcada por intensa mobilidade
social;
C - causou intenso movimento populacional, cujo impacto fez-se sentir
tanto no interior da colônia quanto na metrópole, obrigando o rei
português a adotar medidas para conter o fluxo migratório para o Brasil;
D - definiu uma clara política, adotada pela Coroa portuguesa, de
incentivos a novas descobertas, permitindo aos colonos a livre posse das
terras (datas) destinadas à mineração, minimizando assim os conflitos
decor-rentes da cobrança de impostos;
E - desestimulou o desenvolvimento da atividade agropastoril nas regiões
interioranas, na medida em que a mão-de-obra e os capitais estavam
voltados, fundamentalmente, para a extração do minério.
Questão 11: (UFF/RJ) “As festas e as procissões religiosas contavam
entre os grandes divertimentos da população, o que se harmoniza
perfeitamente com o extremo apreço pelo aspecto externo do culto e da
religião que, entre nós, sempre se manifestou (...). O que está sendo
festejado é antes o êxito da empresa aurífera, do que o Santíssimo
Sacramento. A festa tem uma enorme virtude congraçadora, orientando a
sociedade para o evento e fazendo esquecer da sua faina cotidiana.
(...). A festa seria como o rito, um momento especial construído pela
sociedade, situação surgida “sob a égide e o controle do sistema social”
e por ele programada. A mensagem social de riqueza e opulência para
todos ganharia, com a festa, enorme clareza e força. Mas a mensagem
viria como cifrada: o barroco se utiliza da ilusão e do paradoxo, e
assim o luxo era ostentação pura, o fausto era falso, a riqueza começava
a ser pobreza, o apogeu, decadência”. (Adaptado de SOUZA, Laura de
Mello e. Desclassificados do Ouro. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p.
20-23.) Segundo a autora do texto, a sociedade nascida da atividade
mineradora, no Brasil do século XVIII, teria sido marcada por um “fausto
falso” porque:
A - a mineração, por ter atraído um enorme contingente populacional para
a região das Gerais, provocou uma crise constante de subalimentação,
que dizimava somente os escravos, a mão-de-obra central desta atividade,
o que era compensado pela realização constante de festas;
B - o conjunto das atividades de extração aurífera e de diamantes era
volátil, dando àquela sociedade uma aparência opulenta, porém tão fugaz
quanto à exploração das jazidas que rapidamente se esgotavam;
C - existia um profundo contraste entre os que monopolizavam a grande
exploração de ouro e diamantes e a grande maioria da população livre,
que vivia em estado de penúria total, enfrentando, inclusive, a fome,
devido à alta concentração populacional na região;
D - a riqueza era a tônica dessa sociedade, sendo distribuída por todos
os que nela trabalhavam, livres e escravos, o que tinha como
contrapartida a promoção de luxuosas cerimônias religiosas, ainda que
fosse falso o poderio da Igreja nesta região;
E - a luxuosa arquitetura barroca era uma forma de convencer a todos
aqueles que buscavam viver da exploração das jazidas que o
enriquecimento era fácil e a ascensão social aberta a todas as camadas
daquela sociedade.
Questão 12: (FUVEST/SP) A exploração dos metais preciosos encontrados
na América Portuguesa, no final do século XVII, trouxe importantes
conseqüências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas:
A - o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o
desaparecimento da produção açucareira do Nordeste e a instalação do
Tribunal da Inquisição na capitania;
B - a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma
articulação entre áreas distantes da Colônia e o deslocamento de seu
eixo administrativo para o Centro-Sul;
C - a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão
do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da
profissão de ourives;
D - a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o
enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do
contrabando;
E - o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do
sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a
subsistência diretamente da metrópole.
Questão 13: (UNIFEI/MG) O século XVIII foi marcado pela descoberta de
ouro e diamante nas capitanias de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Mato
Grosso. Outras capitanias também se beneficiaram desse “século de ouro”
por meio das relações comerciais de abastecimento, tráfico de escravos,
arrecadação em portos secos e do escoamento da mineração. As mulheres
exerceram em Minas Gerais um papel destacado no exercício do pequeno
comércio em vilas e cidades, resultado da convergência de duas
referências culturais determinantes no Brasil, a saber.
A - A primeira delas relacionada à influência africana, pois nessas
sociedades as mulheres exerciam o mando e o governo como rainhas. A
segunda deriva da transposição para o mundo colonial da divisão de
papéis sexuais vigentes na Europa dos séculos XVI e XVII, quando as
mulheres eram livres para exercer qualquer profissão.
B - A primeira delas relacionada à influência africana, pois nessas
sociedades as mulheres exerciam as tarefas de alimentação e distribuição
de gêneros de primeira necessidade. A segunda deriva da transposição
para o mundo colonial da divisão de papéis sexuais vigentes em Portugal,
onde a legislação amparava a participação feminina, reservando-lhe o
comércio de doces, bolos, frutas, melaço, hortaliças, queijo, leite,
mariscos, alho, pimenta, pomada, polvilho, hóstias, mexas, agulhas,
alfinetes, roupas velhas e usadas.
C - A primeira delas relacionada à influência indígena, pois, nessas
sociedades marcadamente matricêntricas, cabia às mulheres a produção
agrícola. A segunda deriva da tradição campesina da Europa, onde as
mulheres eram produtoras de alimentos e artesãs. D - A primeira delas
relacionada à influência indígena, pois, nessas sociedades marcadamente
matriarcais, cabia às mulheres o controle familiar, a guerra e a
alimentação dos clãs. A segunda deriva da tradição portuguesa de as
mulheres dedicarem-se ao pequeno comércio.
Questão 14: (UNIMONTES/MG) “Em Minas, no século XVIII, manifestou-se
artisticamente pela primeira vez uma autêntica cultura brasileira.”
(MACHADO, Lourival Gomes. Arquitetura e Artes pláticas. In: HGCB. Tomo,
I, Volume 2, p. 120. São Paulo: Difel, 1982) O trecho acima se confirma
porque:
A - a arte barroca colonial brasileira encontrou seu expoente máximo em
Minas Gerais, onde se procurou reproduzir a atividade artística
européia, seguindo os modelos dos consagrados pintores e escultores
renascentistas;
B - a arte, em Minas Gerais colonial, teve características peculiares,
em função – entre outras – das limitações materiais provocadas pela
distância em relação ao litoral e da própria constituição da sociedade
mineradora;
C - a arte barroca mineira rompeu com todos os paradigmas estéticos
modernos, ao fazer um retorno aos padrões artísticos grego-romanos e ao
reelaborá-los de acordo com a cultura local;
D - a arte se desenvolveu, apesar da excessiva presença e atuação da
Igreja Católica e da conseqüente proliferação de grande número de
confrarias religiosas que se opunham à arte secularizada.
Questão 15: (FTC/BA) - Faculdade de Tecnologia e Ciências -
O mapa registra a expansão territorial da Região Centro-Sul, no Período Colonial, como resultado das atividades de:
A - cultivo e torrefação do café;
B - produção e comercialização do açúcar;
C - mineração de ouro e diamantes e da pecuária;
D - mineração do sal e lavoura algodoeira;
E - combate aos quilombos e aos invasores estrangeiros.
Questão 16: (UFPE) A produção do ouro trouxe novas expectativas de
riqueza para a metrópole portuguesa, que vivia momentos de grandes
dificuldades econômicas. Foi em Minas Gerais que se deu a maior produção
de metais preciosos, provocando mudanças expressivas na sociedade da
época. Nessa região, no século XVIII, além da riqueza e de sua
exploração, pode-se destacar:
A - o combate ao governo português, através de revoltas políticas, com a
participação de escravos e com ideais baseados no iluminismo,
salientando-se a Revolta de Vila Rica;
B - a produção do artista Antônio Lisboa, o Aleijadinho, influenciado pelos princípios estéticos renascentistas;
C - além de obras importantes na arquitetura e na escultura, a presença de poetas como Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama;
D - uma renovação na escultura, com a obra de Manuel Lisboa, presente na construção das Igrejas;
E - a produção de uma literatura política contra Portugal, com ideais iluministas e peças teatrais com temas nacionalistas.
Questão 17: (UEFS/BA) Os conhecimentos sobre a colonização do Brasil permitem afirmar:
A - Os portugueses adotaram, de imediato, a exploração mercantilista
baseada na produção em larga escala do pau-brasil, ao contrário da
colonização espanhola na América, que precisou de quase um século para
dar início a esse tipo de exploração.
B - O interesse mercantilista na exploração do ouro atraiu muitos
estrangeiros e contribuiu para o aumento populacional, através do
conseqüente desenvolvimento de uma sociedade urbana, com maior
possibilidade de mobilidade social.
C - A dominação holandesa impediu a expansão da economia canavieira para
o interior e foi responsável pelo declínio da produção, ao implantar a
cultura do açúcar nas suas colônias africanas.
D - O declínio da produção e da mineração, ao longo do Período Colonial,
levou o governo português a desenvolver, nos finais do século XIX, uma
economia diversificada e policultora, quebrando a dependência externa.
E - O desenvolvimento da pecuária, ao expandir as fronteiras
brasileiras, possibilitou o início da luta abolicionista, pois essa
atividade cresceu em importância na pauta de exportação, exigindo cada
vez mais um mão-de-obra livre e assalariada.
Questão 18: (UNESP/SP) Se bem que a base da economia mineira também seja
o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia
amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, Formação econômica do
Brasil) A referida diferenciação se expressa:
A - na relação com a terra que, por ser abundante no Nordeste, não se constituía fator de diferenciação social;
B - na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro;
C - na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma;
D - no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações
comerciais com o resto da Colônia, tal como ocorria no Nordeste;
E - na existência de possibilidades de ascensão social na região das
minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente,
elevado.
Questão 19: (EMESCAM/ES) A economia mineradora no século XVIII, no Brasil, foi responsável em grande parte:
A - pela aceleração do processo de interiorização, ao mesmo tempo que determinou um alargamento territorial;
B - pela consolidação do governo central sediado em Salvador (1763);
C - pela diminuição do fluxo de imigrantes portugueses que deixaram a metrópole no século XVII;
D - pelo desenvolvimento de uma civilização rica em Minas Gerais, graças à grande circulação do ouro;
E - pelo revigoramento do Nordeste açucareiro, que passou a ser financiado pelas Capitanias Meridionais.
Questão 20: (UFMS) Na primeira metade do século XVIII, em plena época do
ciclo do ouro (1690 - 1750), a descoberta e a exploração desse metal
precioso, na região de Cuiabá, estimulou ainda mais o devassamento do
sertão e a ocupação de várias regiões do interior do Brasil colonial,
inclusive no antigo Mato Grosso, é correto afirmar que:
1 - a investigação cuidadosa de velhas rotas para o interior, chamadas
de "roteiros paulistas", intensificou as expedições ou "entradas";
2 - a metrópole adotou medidas para proteger setores da sociedade e da
economia colonial que poderiam ser afetados negativamente pela mineração
do ouro, a exemplo da agricultura;
4 - houve uma maior exploração da mão-de-obra indígena no antigo Mato Grosso, bem como o extermínio de alguns povos americanos;
8 - Portugal conquistou e colonizou definitivamente os territórios que
atualmente compreendem com os atuais Estados de Mato Grosso.
16 - Na região do Pantanal, povos indígenas, como os antigos paiaguás e
guaricurus, não impuseram qualquer resistência bélica aos conquistadores
vindos de São Paulo.
SOMATÓRIA (_____)
Questão 21: (ULBRA/RS) Relacione as colunas levando em consideração informações sobre o Brasil Colônia.
1. Exploração do Pau-brasil
2. Exploração do Açúcar
3. Extração do Ouro
( ) ação litorânea envolvendo a mão-de-obra indígena
( ) aguçou o interesse holandês no Brasil, propiciando a invasão batava no Nordeste
( ) produção vinculada à existência de latifúndios
( ) deslocou o eixo de atenção do Nordeste para o Sudeste e estimulou atividades econômicas em outras regiões do país
( ) a organização visava à monocultura para exportação
Assinale a seqüência correta da 2.a coluna:
A - 1 . 3 . 2 . 2 . 3
B - 2 . 2 . 3 . 3 . 1
C - 1 . 2 . 2 . 3 . 2
D - 2 . 1 . 2 . 3 . 2
E - 3 . 3 . 1 . 2 . 2
Questão 22: (UFES) A extração do ouro no século XVIII, assim como a
produção açucareira, em época anterior, assegurou para Portugal a posse e
a ocupação da colônia portuguesa na América, além de estimular o
povoamento, o tráfico negreiro e as atividades intermediárias, como a
pecuária e o plantio do tabaco e do algodão. Não obstante as
semelhanças, a economia aurífera se diferenciou da açucareira
essencialmente porque:
A - contribuiu para diminuir os preços dos alimentos e dos animais de
transporte das regiões vizinhas, desestimulando, assim, os investimentos
na produção de gêneros alimentícios;
B - estimulou o povoamento do interior da colônia, além de propiciar
surto urbano considerável e incrementar o mercado consumidor local;
C - promoveu a expansão da pecuária e da extração das "drogas do sertão"
no extremo sul da colônia, onde ocorreu grande absorção da mão-de-obra
escrava negra;
D - impediu que as bandeiras organizadas para prospecção de metais
preciosos no território colonial ultrapassassem os limites territoriais
estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas;
E - exigiu maiores investimentos em capital e mão-de-obra escrava,
obtidos dos negociantes da Companhia das Índias Ocidentais, os quais se
especializaram em transações de empréstimo de dinheiro a juros aos
mineradores.
Questão 23: (UFSCAR/SP) A crise da economia mineira e a nova conjuntura
internacional, na segunda metade do século XVIII, refletiram no Brasil,
contribuindo para:
A - o retorno da monocultura da cana-de-açúcar, aproveitando-se da capacidade ociosa dos engenhos nordestinos;
B - o desenvolvimento de manufaturas de tecido de algodão, estimulado pela política reformista do Marquês de Pombal;
C - a diversificação econômica, entrando na pauta de exportação da colônia produtos como algodão, tabaco, cacau, couro;
D - a emergência da monocultura do café, produto de fácil cultivo e de aceitação crescente nos mercados exteriores;
E - o aparecimento de centros econômicos na região amazônica, devido à exportação da borracha para as nações industrializadas.
Questão 24: (UFES) O Barroco foi uma das maiores manifestações
artísticas e culturais ocorridas no Brasil Colônia, durante o período da
exploração aurífera. É correto afirmar que, nesse período:
A - a cidade de Mariana, sede do governo português, representou o maior conjunto arquitetônico barroco nacional;
B - o Barroco, no Brasil, não apresentou características nacionais, limitando-se a uma simples cópia do Barroco europeu;
C - a cidade de Ouro Preto, centro político e econômico da região
aurífera, não foi beneficiada arquitetonicamente pelo estilo barroco;
D - a grande riqueza propiciada pelo ouro permitiu que artistas se
dedicassem à construção e criação de obras que expressavam os
sentimentos nacionais;
E - a Capitania de São Paulo, apesar de não ter participado do processo
de exploração aurífera, foi o principal centro de expressão do Barroco
no país.
Questão 25: (FGV/RJ) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia.
Entre elas podemos destacar:
A - a urbanização da Amazônia, o início do ciclo do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes;
B - a introdução do tráfico negreiro, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra;
C - a industrialização de São Paulo, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais;
D - a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus;
E - o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por
meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.
Questão 26: (UFPE) Assinale uma afirmativa errada, nas abaixo relacionadas, sobre a mineração colonial:
A - esgotaram-se rapidamente as possibilidades econômicas das grandes
jazidas brasileiras do período colonial porque a mineração era
superficial;
B - “faiscadores” eram os mineradores independentes;
C - a “Real Extração” foi a implantação do monopólio da exploração diamantina pelo governo português;
D - a quintação do ouro era feita nas lavras, de maneira rudimentar, e consistia na separação do ouro do cascalho;
E - a sociedade das regiões mineradoras era mais permeável e democrática do que a da região do açúcar.
Questão 27: (UNESP/SP) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de
predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto
território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o
fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades
intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso
material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável
florescimento das artes e das letras do período colonial. Apesar desta
ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em
direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente
porque:
A - não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades
econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande;
B - interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável;
C - o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosí;
D - representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não
educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador;
E - as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos
em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel
contra os indígenas do sertão sul-americano.
Questão 28: (UFU/MG) O século XVIII, no Brasil, é marcado pela atividade mineradora na região das Minas Gerais.
A análise da formação social das Minas nos leva a afirmar que, EXCETO:
A - na região das Minas Gerais a riqueza se distribui de forma
harmoniosa, criando uma sociedade mais igualitária, sem grandes
desníveis sociais;
B - com o desenvolvimento da atividade extrativa, cresce a camada de
homens livres e pobres, vivendo de ocupações incertas e, muitas vezes,
no crime e na violência;
C - as Minas do século XVIII foram uma capitania pobre, se considerarmos
o pequeno número de senhores de lavras opulentos e a extensão da
pobreza;
D - os vadios e desocupados, destituídos de trabalho, constituíam motivo
de preocupação para os governadores, principalmente quando o ouro
começou a escassear;
E - os escravos constituíam a força de trabalho das Minas, extraindo
ouro dos córregos ou do seio da terra, em condições de exploração e
miséria.
Questão 29: (UFG/GO) Além de Minas Gerais, foram explorados ouro e diamantes:
A - no Maranhão;
B - em Goiás;
C - em Mato Grosso;
D - as respostas (b) e (c) combinadas;
E - todas as respostas combinadas.
GABARITO: questão 1: A - questão 2: A - questão 3: A - questão 4: C -
questão 5: D - questão 6: C - questão 7: D - questão 8: D - questão 9: E
- questão 10: C - questão 11: C - questão 12: B - questão 13: B -
questão 14: B - questão 15: C - questão 16: C - questão 17: B - questão
18: E - questão 19: A - questão 20: 15 - questão 21: C - questão 22: B -
questão 23: D - questão 24: D - questão 25: E - questão 26: D - questão
27: B - questão 28: A - questão 29: D