Vai terminar em pizza: Supremo oficializa absolvição de 12 réus do mensalão
As absolvições ocorreram porque o Ministério Público Federal decidiu não recorrer da decisão dos ministros do STF, que no ano passado os inocentou. O prazo para recursos terminou ontem.
Inicialmente, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia pedido a absolvição, por falta de provas, do ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação) e de Antonio Lamas, ex-assessor do PL, que intermediou repasses a parlamentares do ex-PL.
Ao longo de quase cinco meses de julgamento, outros dez réus foram inocentados pelos ministros: o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes, o ex-ministro Anderson Adauto (Transportes), Geiza Dias (gerente financeira da SMP&B), Anita Leocádia (ex-assessora Parlamentar), Ayanna Tenória (ex-executiva do Banco Rural), e os ex-deputados João Magno (PT-MG), Paulo Rocha (PT-PA), professor Luizinho (PT-SP).
Com a oficialização da decisão, os bens do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha presidencial de Lula em 2002, deverão ser liberados pelo STF.
No julgamento, os ministros confirmaram que houve um esquema de desvio de recursos públicos que, somados a empréstimos fraudulentos, abasteceu a compra de apoio político no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula.
Entre os 25 condenados estão o ex-ministro José Dirceu, homem forte do governo Lula, o ex-presidente do PT, deputado José Genoino (SP) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Todos os condenados recorreram contra as condenações, alegando omissões, contradições e obscuridades nos votos do mensalão.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Folha de São Paulo
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