1. (Ufsm 2004)
Esse
mapa foi feito a partir da suposição de que, se a Família Real
Portuguesa não tivesse vindo para o Brasil em 1808, o processo de
independência brasileira teria sido diferente.
O mapa permite a seguinte conclusão:
a) A divisão política da América Latina independe do rumo da história.
b) Ao capitalismo industrial em expansão pouco importava a organização política dos Estados latino-americanos.
c) A Corte portuguesa no Brasil foi capaz de manter a unidade territorial da colônia, submetendo-a ao regime monárquico.
d) A consciência nacional se forja exclusivamente a partir da unidade linguística.
e) As guerras napoleônicas difundiram o ideal monárquico-liberal entre as colônias luso-espanholas da América.
2. (Udesc 2009) O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da Família Real ao Brasil.
Sobre isso assinale a alternativa CORRETA.
a) A monarquia que
chegava ao Brasil representava, em realidade, boa parte dos ideais da
Revolução Francesa e do liberalismo europeu daquele período.
b) As motivações da vinda
da Família Real para o Brasil estão relacionadas mais à realidade
europeia do período do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil
monárquico e posteriormente independente de Portugal.
c) Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas, seguindo as práticas liberais e laicas da monarquia portuguesa.
d) Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação da cidadania.
e) A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o Brasil realizava sua primeira reforma agrária.v
3. (Uerj 2009) O
impacto da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil implicou
alterações significativas para a cidade do Rio de Janeiro que se
prolongaram durante todo o período conhecido como "joanino". Essas
alterações produziram uma nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em
vários aspectos, a inserção da cidade no contexto internacional.
Uma função urbana associada a essa nova inserção está indicada em:
a) crescente polo turístico em função da chegada da Missão Artística Francesa
b) expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede ferroviária brasileira
c) principal porto brasileiro relacionado à importação legal de manufaturas britânicas
d) importante centro religioso decorrente da instalação do Tribunal da Santa Inquisição
4. (Unifesp 2009) Em 1808, a família real portuguesa se transferiu para o Brasil. Esta transferência está ligada à:
a) Tentativa portuguesa de impedir o avanço inglês na América.
b) Disputa entre Inglaterra e França pela hegemonia europeia.
c) Perda, por Portugal, de suas colônias na costa da África.
d) Descoberta recente de ouro na região das Minas Gerais.
e) Intenção portuguesa de proclamar a independência do Brasil.
5. (Ufg 2008) Leia os fragmentos a seguir.
"Não corram tanto ou pensarão que estamos fugindo!"
("REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL". Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 24.)
"Preferindo
abandonar a Europa, D. João procedeu com exato conhecimento de si mesmo.
Sabendo-se incapaz de heroísmo, escolheu a solução pacífica de
encabeçar o êxodo e procurar no morno torpor dos trópicos a
tranquilidade ou o ócio para que nasceu".
(MONTEIRO,
Tobias. "História do Império: a elaboração da Independência". Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1981. p. 55. [Adaptado].
O embarque da família
real para o Brasil, em 1807, deu origem a contraditórias narrativas. A
frase acima, atribuída à rainha D. Maria I, tornou-se popular, passando a
constituir uma versão narrativa ainda vigorosa. Nos anos de 1920, os
estudos sobre a Independência refizeram o percurso do embarque,
assegurando uma interpretação republicana sobre esse acontecimento, tal
como exemplificado no trecho do jornalista e historiador Tobia Monteiro.
Sobre essa versão narrativa em torno do embarque, pode-se dizer que
pretendia
a) conquistar a simpatia
da Inglaterra, ressaltando a importância do apoio inglês no translado da
corte portuguesa para o Brasil.
b) associar a figura do
rei ao pragmatismo político, demonstrando que o deslocamento da corte
era um ato de enfrentamento a Napoleão.
c) ridicularizar o ato do
embarque, agregando à interpretação desse acontecimento os elementos de
tragédia, comicidade e ironia.
d) culpabilizar a rainha pela decisão do embarque, afirmando-lhe o estado de demência lamentado por seus súditos.
e) explicar o
financiamento do ócio real por parte da colônia, comprovando que o
embarque fora uma estratégia articulada pelo rei.
6. (UEPG 2008) Neste
texto, Ruy Castro se transporta no tempo e se vê como um jornalista a
noticiar a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, ocorrida há 200
anos.
É hoje!
Rio de Janeiro. O príncipe regente dom João desembarca hoje no Rio com sua família e um enorme séquito de nobres, funcionários, aderentes e criados. Precisou que Napoleão botasse suas tropas nos calcanhares da Corte para que esta fizesse o que há cem anos lhe vinha sendo sugerido: transferir-se para o Brasil.Não se sabe o que, a médio prazo, isso representará para a metrópole. Mas, para a desde já ex-colônia, será supimpa. Porque, a partir de agora, ela será a metrópole. E, para estar à altura de suas novas funções, terá de passar por uma reforma em regra - não apenas cosmética, para receber o corpo diplomático, o comércio internacional e os grã-finos de toda parte. Mas, principalmente, estrutural. Afinal, é um completo arcabouço administrativo que se está mudando.Para cá virão os ministérios, as secretarias, as intendências, as representações e a burocracia em geral. Papéis sem conta serão despachados entre esses serviços, o que exigirá uma superfrota de estafetas [mensageiros]. A produção de lacre para documentos terá de decuplicar. O Brasil importará papel, tinta e mata-borrões em quantidade, mas as penas talvez possam ser fabricadas aqui, colhidas dos traseiros das aves locais.Estima-se que, do Reino, chegarão 15 mil pessoas nos próximos meses. Será um tremendo impacto numa cidade de 60 mil habitantes. Provocará mudanças na moradia, na alimentação, nos transportes, no vestuário, nas finanças, na medicina, no ensino, na língua. Com a criação da Imprensa Régia, virão os jornais. O regente mandará trazer sua biblioteca. Da escrita e da leitura, brotarão as ideias.Até hoje, na história do mundo, nunca a sede de um império colonial se transferiu para sua própria colônia. É um feito inédito - digno de Portugal. E que pode não se repetir nunca mais.(Ruy Castro. "Folha de S. Paulo", 08/03/2008)
O texto de Ruy Castro
apresenta algumas mudanças ocorridas na Colônia após a chegada da
Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro, as quais foram fundamentais
para o processo da Independência.
Assinale a alternativa que apresenta uma medida adotada e sua importância para a emancipação política do Brasil.
a) a transferência do
corpo diplomático, do comércio internacional e dos grã-finos, pois
garantiu a formação de uma elite nacional interessada na autonomia.
b) um sensível
crescimento da leitura e da escrita, com a criação da Imprensa Régia, os
jornais, a biblioteca e o ensino, o que abriu espaço à formação e
difusão de novas ideias.
c) a vinda de ministérios, secretarias e intendências, pois sem essa burocracia seria impossível a formação de uma nação.
d) a importação de papel,
tinta e mata-borrões, sem os quais as aves não seriam utilizadas para o
desenvolvimento de uma produção local.
e) as mudanças na
moradia, na alimentação, nos transportes e no vestuário, pois
favoreceram a formação de uma classe média crítica e transformadora.
7. (Fuvest 2008) Em
novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de
1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.
8. (CFTSC 2007)
Assinale a proposição CORRETA. A transferência da Corte portuguesa para o
Brasil teve consequências no processo de autonomia política
brasileira.
a) Foi possível ao
governo metropolitano controlar o processo de independência do Brasil,
que acabou ocorrendo de maneira lenta e gradual, diferentemente das
demais colônias do continente sul-americano.
b) A presença da
monarquia no Brasil aguçou as contradições entre a Colônia e a
Metrópole, levando a uma violenta separação, que se resolveu nos campos
de batalha.
c) Confrontada pela
realidade brasileira e pelo alto grau de desenvolvimento político das
instituições coloniais, a Coroa Portuguesa cedeu a independência de
forma pacífica e generosa.
d) Os brasileiros,
sentindo mais próximas as amarras metropolitanas, rebelaram-se e
conquistaram a independência no mesmo movimento que varria as colônias
ibero-americanas.
e) A presença da Corte
possibilitou um grande desenvolvimento econômico, político e cultural na
Colônia, o que, paradoxalmente, acabou por retardar o surgimento de um
sentimento autonomista e nacionalista entre os brasileiros.
9. (Fuvest 2012) Fui à
terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como
celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de
armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui
vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses.
(...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada
porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão
estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens
de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra
nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.
Esse trecho do diário
da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822
e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram
alguns efeitos
a) do Ato de Navegação,
de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos
mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas
do sul.
b) do Tratado de Methuen,
de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por
mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas
nas colônias.
c) da abertura dos portos
do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a
chegada da família real portuguesa à América.
d) do Tratado de Comércio
e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil
para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.
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