Inflação descontrolada: depois da cesta básica e do tomate, agora, é o gás de cozinha que terá reajuste e a partir de 1º de maio custará R$ 40.
A presidente Dilma Rousseff (PT) não
tem conseguido segurar o 'dragão' da inflação, depois da cesta básica e
do tomate, agora é o gás de cozinha que terá aumento de preço. A
promessa de reajuste do botijão de gás de cozinha já tem data para
entrar em vigor, 1º de maio, e será mais alta que a prevista
inicialmente. Esta foi a informação do vice-presidente do Sindicato dos
Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antonio
Bezerra. A má notícia para os consumidores é que o reajuste será maior
do que o anunciado pelo setor, ou seja, ao invés dos 7% divulgados no
início do mês, será de 8,1%. O aumento é válido para toda Paraíba, que,
segundo o sindicato, possui 1.600 revendedores do produto.
O novo valor
deste item, indispensável nas cozinhas paraibanas, deverá ser de R$
40,00. A majoração no preço do gás de cozinha foi definida na noite de
terça-feira e para se estabelecer o percentual de aumento foram levados
em consideração vários fatores. “O motivo do reajuste são os custos na
revenda. Somente a gasolina teve alta de 16,5% na grande João Pessoa, o
pneu 12%, e o valor do veículo como caminhões aumentou 15%”, afirmou
Marcos Bezerra. Outro
elemento que contribuiu para a alteração no valor do botijão, segundo o
sindicalista, foi o reajuste do pessoal que trabalha com derivados de
petróleo. O dissídio coletivo da categoria ocorreu em setembro do ano
passado, e os salários foram reajustados entre 7% e 10%.
“Para se ter uma ideia, somente a
gasolina tem influência em todo o nosso sistema operacional. Desde o
momento em que se pega o produto na base das distribuidoras, em
Cabedelo, até a revenda do produto que é feita por meio de caminhões,
caminhonetes e motos”, explicou Marcos Bezerra. O
vice-presidente do Sinregás-PB afirmou ainda que o principal
combustível usado na comercialização do gás de cozinha é o diesel, que
este ano sofreu reajuste de 10%, e a gasolina. “O pessoal não costuma
usar o gás natural (que é mais barato)”, frisou. Segundo ele, não há mais como adiar o reajuste, porque os empresários já estão absorvendo os custos há vários meses.
“Agora não é todo empresário que vai
fixar o valor do gás de cozinha em R$ 40. Isso depende dos gastos de
cada um, dos tributos que pagam, do número de empregados e outras
despesas que variam dependendo do porte da empresa”, disse. Vale
lembrar que, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis(ANP), desde 2002 o gás de cozinha pode ser reajustado
sem, necessariamente, a participação do governo federal. De acordo com a
legislação brasileira, vigora no país, desde janeiro de 2002, o regime
de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e
revenda de combustíveis e derivados de petróleo.
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