Papa Francisco 1º reza em basílica de Roma no primeiro dia de pontificado
Em seu primeiro dia como papa Francisco 1º, o argentino Jorge Mario Bergoglio visitou na manhã desta quinta-feira (14) a basílica de Santa Maria Maior (Santa Maria Maggiore, em italiano), no centro de Roma.
Acompanhado pelo prefeito da Casa Pontifícia, dom George Gaenswein, e o vice-prefeito, Leonardo Sapienza, o papa chegou ao local por volta das 8h (4h horário de Brasília), em um carro simples do Vaticano. Francisco 1º dispensou o carro oficial destinado aos pontífices.
Segundo o padre Élio Monteleone, titular da basílica, que acompanhou a visita do pontífice, Francisco 1º permaneceu no local por cerca de 45 minutos.
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Durante esse tempo, fez sua oração em frente ao altar de Nossa Senhora, em uma capela anexa ao altar da basílica, onde depositou um ramo de flores. Ao fim da oração, ele saudou um grupo de seminaristas e freiras um por um (eram cerca de 60 pessoas).
"O papa rezou sozinho, em silêncio. Depois, entoou alguns cânticos. Também pediu para que nós rezássemos por ele e pelo trabalho dele à frente da Igreja Católica", disse o padre, que se declarou surpreso com a notícia da visita do papa.
"Primeiramente, fiquei surpreso com a eleição dele. Depois, com a notícia que ele visitaria a basílica", afirmou o religioso.
A basílica escolhida por Francisco 1º também é conhecida como a de Nossa Senhora das Neves. É uma das igrejas mais antigas de Roma e data dos anos 432-440 depois de Cristo (d.C).
Dezenas de pessoas, incluindo jornalistas e estudantes, se reuniram diante do templo para acompanhar a primeira saída do novo líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo.
SAIBA QUEM É O NOVO PAPA
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De férias em Roma, a russa Natália Shibaeva, 27, lamentou ter chegado à basílica momentos depois da saída do novo papa da Igreja Católica.
"É uma pena ter chegado pouco depois, mas estou feliz por estar em Roma neste momento", disse a turista.
Anúncio do novo papa
A Igreja Católica anunciou às 20h14 (16h14 de Brasília) desta quarta-feira (13) quem é seu novo papa: o cardeal jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76, da Argentina.
Ele foi o escolhido para suceder Bento 16 no conclave que começou na terça-feira (12) e terminou hoje, às 19h07 (15h07 de Brasília), quando a fumaça branca tomou a praça São Pedro, após cinco escrutínios.
O nome do novo papa foi revelado após o famoso "Annuntio vobis gaudium, habemus Papam" ("anuncio uma grande alegria: temos um papa"), feito pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran. O nome papal escolhido pelo cardeal Bergoglio é Francisco 1º.
No momento do anúncio, os fiéis que aguardavam na praça São Pedro ficaram eufóricos. Houve uma comoção geral e o sentimento em muitos era de surpresa.
Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.
O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.
A VIDA DO PAPA FRANCISCO 1º
Nascimento | 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires |
Educação | Colégio Máximo San Jose, onde estudou filosofia e teologia |
Sacerdócio | em 13 de dezembro de 1969 |
Carreira | foi indicado como bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e promovido a arcebispo em 1998 |
Cardinalato | foi nomeado cardeal por João Paulo 2º em 2001 com o título de São Roberto Belarmino |
Outro cargo | Presidente da Conferência dos Bispos da Argentina de 2005 a 2011 |
Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos.
Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.
Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.
Em seu primeiro discurso, feito logo após o anúncio de seu nome, Francisco 1º agredeceu ao acolhimento da comunidade de Roma e, também lembrou do papa emérito Bento 16, seu antecessor.
Ele bateu outros cardeais considerados favoritos, como o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer.
Escolha aconteceu 13 dias após renúncia de Bento 16
Após 13 dias da renúncia de Bento 16, a quinta votação do conclave, realizada na tarde desta quarta-feira (13), terminou com a escolha do novo papa. Às 15h07 (Brasília), uma fumaça branca saiu da chaminé da capela Sistina, indicando que os cardeais chegaram a um consenso sobre o próximo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Os sinos da basílica de São Pedro confirmaram que o novo pontífice recebeu ao menos dois terços dos votos dos cardeais e já aceitou a missão de comandar a Santa Sé.
A escolha foi realizada por 115 cardeais, sendo cinco brasileiros: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.
Estavam aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, era obrigatória. No entanto, dois eleitores conseguiram a dispensa necessária para não participarem da votação, um por motivo de saúde (cardeal indonésio Julius Darmaatjadja) e outro por ter renunciou ao cargo (cardeal britânico Keith O'Brien). (Com Agência Brasil e AFP)
A escolha foi realizada por 115 cardeais, sendo cinco brasileiros: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.
Estavam aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, era obrigatória. No entanto, dois eleitores conseguiram a dispensa necessária para não participarem da votação, um por motivo de saúde (cardeal indonésio Julius Darmaatjadja) e outro por ter renunciou ao cargo (cardeal britânico Keith O'Brien). (Com Agência Brasil e AFP)
*Com informações de Fernanda Calgaro, na Cidade do Vaticano
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