sexta-feira, 29 de março de 2013


Revolução Americana
A Guerra da Independência dos EUA, um movimento emancipador das colônias inglesas na América, teve início com manifestações de descontentamento contra a situação injusta a que os colonizadores foram submetidos pela Grã-Bretanha. Pouco a pouco, essas manifestações se transformaram em rebelião aberta, culminando na proclamação de uma república independente, com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganharam forma estatal.

Antecedentes
·  Ao fim da Guerra dos Sete Anos (conflito entre a França, a Áustria e seus aliados, de um lado, e a Inglaterra, Portugal e seu aliados, de outro), recaiu sobre os colonos norte-americanos a obrigação de pagar parte da dívida inglesa contraída com a guerra.
·  Em 1764, é baixado o Sugar Act, lei de imposto sobre o açúcar. O novo tributo passou a pesar não somente sobre o açúcar refinado importado pelas colônias, mas também sobre vinhos, café, tecidos e outras mercadorias.
·  Em 1765, criado o Stamp Act (lei do selo): papéis referentes a transações comerciais e até jornais deveriam ser selados, o que representava novo encargo. Os novos impostos provocam alta do custo de vida.
·  Protestos se alastram por várias regiões. Cria-se uma organização de luta, os Filhos da Liberdade, composta sobretudo de trabalhadores afetados pela carestia.
·  Os corpos legislativos das nove províncias coloniais decidem negar ao parlamento britânico o privilégio de decretar novos impostos sem o assentimento das assembleias norte-americanas.
·  Boicote dos comerciantes às taxas inglesas se estende por diversos portos.
·  Londres revoga a lei do selo, mas cria novas e pesadas taxas, conhecidas como Townshend Acts.
·  Seguem-se protestos em várias regiões e forte boicote. As importações da Inglaterra caem.
·  Londres abole alguns tributos, mas os choques prosseguem. Bandeiras inglesas são queimadas em público.
·  Sentimento de independência começa a ganhar corpo.
·  Londres concede à Companhia das Índias Orientais o monopólio do comércio do chá nas colônias.
A Revolução e Independência
·  Motim de Boston: um grande lote de chá é recebido em Boston sob violento protesto. Disfarçados de índios, patriotas sobem a bordo do navio e jogam ao mar toda a carga. É o começo da revolução.
·  O governo inglês ordena a repressão.
·  O parlamento inglês vota o Quebec Act, pelo qual o Canadá recebe mais privilégios do que as colônias norte-americanas.
·  Em 5 de setembro de 1774, reúne-se em Filadélfia um congresso continental, onde se elabora uma declaração de direitos enérgica, reiterando-se o repúdio aos impostos.
·  O rei Jorge 3º exige a submissão total das colônias.
·  Tem início a guerra, em 19 de abril de 1775: insurretos armados impedem o governador militar britânico de se apoderar de um depósito de armas (em Concord, perto de Boston).
·  Em junho de 1775, batalha de Bunker Hill (forças inglesas perdem 2.500 homens).
·  Novo congresso em Filadélfia decreta mobilização geral e cria um exército próprio, sob o comando de George Washington.
·  Alguns governadores ingleses voltam para Londres; outros são aprisionados.
·  Britânicos sofrem nova derrota, em Charleston.
·  Em maio de 1776, novo congresso aprova a tese da independência. No dia 7 de junho, proposta de formação de uma federação norte-americana livre e independente.
·  4 de julho de 1776: congresso aprova a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson.
·  A guerra se prolonga. São feitas alianças com países europeus, principalmente com a França, que apóia os norte-americanos.
·  Após várias batalhas, os ingleses aceitam a independência. A paz é ratificada em 3 de setembro de 1783.
·  Em 1787, depois de enfrentar inúmeros problemas na organização da nova nação (dentre eles, uma crise financeira quase catastrófica), vota-se a Constituição definitiva dos EUA, que colocava em prática, pela primeira vez na história, o princípio da separação dos poderes formulado por Locke e Montesquieu.

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